É bom que quem tenha o FHC como um grande estadista não veja entrevistas como esta, dada a um jornalista britânico (opa, não tá mais lá! Retiraram rapidinho. Ainda tem este pedaço, se você correr. A Aiaiai encontrou o troço inteiro, por enquanto).
O começo da entrevista me faz lembrar a cena hilária de A Vida de Brian, aquele suprassumo do politicamente incorreto que eu amo de paixão. Um grupo de revolucionários (no caso da oposição brasileira, seriam os “visionários”, segundo o curso que o PSDB dá a seus militantes) se reúne constantemente pra reclamar do Império Romano e tramar a sua queda, com ideias que nunca dão certo, ou que não são nem colocadas em prática. O líder pergunta: “O que o Império Romano fez por nós?”. E um deles responde, meio sem jeito: “Bom, tem o aqueduto”. Outro diz: “E o sistema legal?”. Mais um: “Tem o saneamento”. Outro emenda: “E as estradas? Antes não dava pra andar por aí”. "Medicina". "Educação". O líder, então, pra tentar encerrar a lista surgida após uma mera pergunta retórica, tem que recapitular: “Bom, tirando os aquedutos, o sistema legal, o saneamento, as estradas, a medicina e a educação, o que o Império Romano fez por nós?”.
A contradição de FHC é parecida. Ele diz ao jornalista que o Brasil vive uma enorme crise de desconfiança política. Mas, confrontado com a melhora do país nos últimos anos (algo que os reaças precisam decidir sobre como vão se posicionar: o Brasil melhorou, e tudo se deve ao governo anterior, ou o país continua o mesmo esgoto de sempre – como eles dizem –, mas o governo anterior não teve nada a ver com isso?), ele concorda que é verdade, e que no fundo o povo está satisfeito com o aumento do emprego e a diminuição da pobreza, e é só a classe média que tem essa desconfiança.
Daí em diante, é ladeira abaixo pro grande estadista. No final, ele indiretamente marca o dia do seu nascimento como um grande dia pro Brasil, quando tudo começou a mudar. E, claro, infere que todas as conquistas do governo Lula devem ser creditadas ao seu governo. Não sei quanto a você, mas quando eu penso nele lembro instantaneamente daquele adesivo que circula nos carros, “A inveja é uma m****”.
Pelo jeito, imprensa bonzinha que diz "amém" a tudo que o ex-presidente diz, só aqui mesmo...
Veja: http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/05/rei-dos-sociologos-diz-que-o-brasil.htm
Pois é...essa entrevista colocou FHC contra a parede.
Só queria saber, de onde tiraram q ele é o "rei dos sociológos" ?
A contradição de FHC é parecida. Ele diz ao jornalista que o Brasil vive uma enorme crise de desconfiança política. Mas, confrontado com a melhora do país nos últimos anos (algo que os reaças precisam decidir sobre como vão se posicionar: o Brasil melhorou, e tudo se deve ao governo anterior, ou o país continua o mesmo esgoto de sempre – como eles dizem –, mas o governo anterior não teve nada a ver com isso?), ele concorda que é verdade, e que no fundo o povo está satisfeito com o aumento do emprego e a diminuição da pobreza, e é só a classe média que tem essa desconfiança.
Daí em diante, é ladeira abaixo pro grande estadista. No final, ele indiretamente marca o dia do seu nascimento como um grande dia pro Brasil, quando tudo começou a mudar. E, claro, infere que todas as conquistas do governo Lula devem ser creditadas ao seu governo. Não sei quanto a você, mas quando eu penso nele lembro instantaneamente daquele adesivo que circula nos carros, “A inveja é uma m****”.
Pelo jeito, imprensa bonzinha que diz "amém" a tudo que o ex-presidente diz, só aqui mesmo...
Veja: http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/05/rei-dos-sociologos-diz-que-o-brasil.htm
Pois é...essa entrevista colocou FHC contra a parede.
Só queria saber, de onde tiraram q ele é o "rei dos sociológos" ?
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