Os professores da rede estadual de ensino participam de assembleia geral na Escola Estadual Winston Churchill, na manhã de hoje (9), para apreciação da nova proposta apresentada na noite de ontem (8) pelo Governo do Estado e decidiram pela continuidade do movimento grevista. “A proposta financeira não foi suficiente”, explicou a presidente do Sindicato dos trabalhadores em Educação, Fátima Cardoso.
De acordo com a sindicalista, a nova proposta apresentada pela Secretaria Estadual da Educação e da Cultura (SEEC) difere em poucos pontos da proposta apresentada no último dia 3 de março, que previa um reajuste salarial na ordem de 15%, além da criação de uma comissão para elaborar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos trabalhadores da educação.
“Na proposta antiga, os 15% de aumento causavam pouco impacto no ganho do trabalhador, visto que a incorporação dessa porcentagem previa a eliminação de algumas gratificações. No final, descontando a perda com o fim das bonificações, o ganho era muito pequeno.”, explicou Fátima.
A proposta inicial previa o pagamento de 7,8% das perdas salariais imediatamente e o restante, 7,2%, no segundo semestre. O novo acordo, entretanto, prevê o pagamento da segunda parcela no mês de setembro sem a anulação das gratificações e contemplando mais trabalhadores do que inicialmente, como os aposentados. As questões referentes ao PCCS não sofreram alteração.
Em entrevista ao Nominuto.com, pouco antes de o sindicato decidir pela continuidade da greve, Fátima revelou que votaria pelo fim da paralisação. “Vou votar pelo fim da greve, mas vou continuar acreditando no movimento”, disse ela, explicando que a motivação para o voto contrário à paralisação seria a aproximação do período eleitoral.
Fonte: www.nominuto.com
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